A experimentação sempre fez parte fundamental do seu processo artístico, mas o seu foco se deu principalmente na pintura e tem como essência a arte visionaria, essa forma de arte carrega em si uma busca e exploração do mundo interior e sua relação e conexão com o mundo exterior, através dos estados alterados de consciência (EAC) realizados através de diversas técnicas mas principalmente garantida com o contato de substancias de certas plantas e fungos, os enteógenos conhecidos como plantas de poder.

O resultado dessa fusão é uma linguagem que acontece entre os reinos animal e vegetal e dos fungos que se realiza na mente humana, abrangendo todo seu espectro e até o ultrapassando. As pinturas visionarias podem ser realizadas tanto durante os EAC em formas mais leves ou posterior a experiência quando mais intensas.

A linguagem e comunicação interior que se apresenta em profundos estados alterados de consciência, é rica em informações e ensinamentos que nos chegam através de padrões geométricos, como fractais, mandalas, espirais e finalmente a seres diversos que se autotransformam e criam o próprio ambiente em si de forma fluida através da luz interior. Esse processo vem de milhares de anos de tempos remotos e pode ter dado origem a arte em si, como no caso as pinturas nas cavernas dos xamãs, que simbolizam o início desse contato magico com a realidade e o AEC.